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sábado, 16 de abril de 2011

Eu ainda amo você.





Nunca pensei que seria assim. Eu vivia achando que era um sonho e ao mesmo tempo tudo tão real. Estar com você é a coisa de que mais preciso, e na verdade sempre precisei. Você tirou meus medos, apagou as mágoas, me tirou do fundo do poço, me ajudou a lutar contra todos os inimigos, me ensinou que o amor verdadeiro existe e é frágil como um coração que já foi quebrado algumas vezes no passado, mas sempre esteve comigo quando eu mais precisava. Você se lembra do primeiro encontro ? Se lembra do primeiro abraço, das primeiras palavras? Se lembra do primeiro beijo, das conversas, dos conselhos, dos melhores momentos em que ficamos juntos. Me diz que não esqueceu? Me diz que ainda pensa em mim todas às noites antes de dormir. Me diz que ainda me ama como sempre me iludia. E não há nenhuma combinação de palavras suficientes capazes de fazer você acreditar que o melhor sou eu com você. Eu e você. É estranha a sensação de não te ter por perto, mesmo tão perto. E isso dói. Dói saber que talvez nunca será como antes. E se ganharei essa guerra contra mim mesma, eu não sei, mas eu lutarei por você enquanto meu coração estiver batendo. Segurarei minhas lágrimas enquanto estiver perto de você. Prometo me controlar quando sentir seu cheiro e não expressar nenhum tipo de sentimento. Só não prometo cumprir, pois é sempre melhor quando nós estamos juntos, isso no meu caso. Não sei se pra você eu existo mais, as vezes acho que sim, as vezes ainda acho que não acabou, por que quando um está bem e o outro não está é por que ainda não chegou ao fim. Eu não quero de nenhuma forma que isso vire apenas lembranças, não quero que as fotos sejam apenas recordações de algum tempo bom, não quero que a chuva deixe meu corpo arrepiado, e que eu sinta frio. Tudo é tão gelado sem você por perto. Tudo é tão sem graça quando estou longe de você. E quando estou longe, eu falo fisicamente, pois meu pensamento já se acostumou a me levar até você. Parece que não a mais nada a dizer, e de repente eu tenho tanto pra te falar. Tanto pra te contar. E todas as coisas que aconteciam comigo eu te falava, você era meu melhor amigo, era meu anjo, meu protetor. E agora todas as vezes que acordo vou até a garagem, olho para sua casa e me dá uma vontade louca de ir correndo te ver. 
Eu me lembro claramente de todas as conversas que me deixaram chorando no meu quarto gritando pra todos ouvirem que eu estava bem. Eu menti. Menti todas vezes que saia dizendo que queria me divertir. Eu queria você. Menti falando que não pensava mais em você, e que agora eu era outra pessoa. Não adiantou. Pouco tempo que se passou e eu fui percebendo que estava faltando alguma coisa. Nada é certo. Nada conseguiu ser bom o suficiente para eu não me lembrar de você. Eu já te quis mal por alguns segundos, máximo minutos, mas a raiva sempre passava quando eu percebia que não iria aguentar mais sem você.
E enfim, não quero que se sinto culpado, nem tão pouco se preocupe comigo só pelo que estou passando agora. Não sei se o que escrevo é certo, mas sei que é verdadeiro. Não sei se vai adiantar assim como não sei se ainda me ama. As dúvidas me machucam mais cada dia que passa. As feridas ficam mais fundas a cada meio segundo em que me lembro compulsivamente de você. Só quero que saiba que não posso viver num mundo onde você não exista. E se talvez eu te encontrar por aí, eu não vou resistir. Eu ainda te amo.

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