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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Triste.



Um aconchego, e estar sentindo seu cheiro era tudo o que eu precisava naquele exato momento. Uma palavra a mais, alguns pequenos detalhes a mais, como talvez você batendo o pé no chão subitamente querendo expressar  algum sentimento ou talvez só fosse a ansiedade. E pra que tanta luz à nossa volta? Eu não conseguia te enxergar direito. Todos os movimentos bruscos e aquela sobra de desastre que havia em nós. Todos os olhares perdidos suas idéias e opiniões querendo ser extravasadas, mas presas por alguma razão. As vezes agia por impulso mas sempre encontrava uma saída, acabava sendo o certo. E as vezes esse certo não era o que tinha em mente. 
Me lembro que previamente me olhava com incertezas, inseguranças, e o medo da perda. E eu te olhava como se você fosse o mistério a ser desvendado. 
E a luz continuava a esgotar os meus olhos, que de repente eu via sangrar. Sangrava com todo ódio de toda a semana que passei em frente a uma parede falando tudo o que eu queria te dizer. E por que não espelhos? Eu não suportaria ao ver-me própria despedindo de você. Entre o céu e o inferno. Entre a liberdade e a ironia do fado. Entre o meu sonho e o meu coração quebrado. Poderia ter dito o que falei às paredes, talvez doeria bem menos, mas me propus a aceitar com toda destreza do mundo palavras sórdidas que te fizeram chorar. 
O que acontece sempre é que você se engana diariamente com o que está sentindo. Eu senti errado, e magoei a pessoa errada.

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