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quinta-feira, 31 de março de 2011

Me importo.





Eu me importo com o que diz, e me importo com o que está pensando agora. Preciso do seu abraço sempre, mas tento me esquivar quando posso. Não sei, mas faço isso. Me importo com seu humor, e se você está bem. Preciso de um sorriso teu, mas fujo por que sinto medo. Medo de me magoar. Não sei, mas faço isso. Me importo com o que faz, e me preocupo quando está indiferente, por que sei exatamente quando não está bem. É louco, não é normal. Também não é possessivo, mas é bom de sentir. É aquilo que foge do padrão, foge das regras, e não há limite. É imprescindível, diferente, e preciso. Preciso muito disso cada vez mais. Cada vez que amadureço e começo a enxergar o mundo de outra maneira. Nada de opiniões formadas, e agora eu mudo sempre. Não sei, mas faço isso. Não era pra ser assim , mas aconteceu. Impulso, desejo, momento, ou qualquer coisa parecida. Ou não.    

quinta-feira, 24 de março de 2011

Coisas que as paredes sabem.



Ainda não me acostumei. Ainda pareço estar em um pesadelo, daqueles que você nunca consegue sair. E acorda de repente assim, super assustada. Ainda parece não ser real. Ainda parece que eu gosto de você, e ainda parece que não esqueceu completamente de mim. E tão longe ou tão perto, é possível te sentir aqui. O seu abraço ficou pra sempre em mim, o seu cheiro ainda me persegue, e a tua imagem não sai da cabeça, em todo lugar, a onde quer que eu esteja. Impossível não lembrar de alguém que marcou e se foi. Impossível é não conseguir te odiar, não conseguir não lembrar. Não que seja saudade, mas é uma enorme necessidade de te falar... e eu não sei mais o que. Não é amor, mas também não é um simples carinho, ou seja lá o que for. Não é paixão, ou ilusão, mas também não é teimosia. Eu não sei o que é. Mas só tenho uma unica certeza, nada vai ser como antes. Apesar de sentir isso tudo ainda, apesar de querer te ver, uma parte de mim pede pra eu te esquecer e que querer ter você é errado. E essa parte é maior, mais forte, e me da segurança, e esperança que um dia tudo vai se resolver, todos irão ficar bem, e do jeito que for melhor pra mim e pra você. Não sinto raiva, nem tão pouca mágoa, mas o que dói mesmo são pequenas feridas que ainda não se fecharam. Mas vão se fechar. Tem que fechar. Não tem dessa de ficar espalhada pelo corredor tentando encontrar alguma saída, e se desesperando por alguém. E que seja lá, qualquer alguém , não importa. 
Algumas vezes confesso que te odiei, mas algumas vezes quis te ter por perto. Esse sentimento maior nunca deixou que você sumisse de mim. Mas agora são só memórias, lembranças boas de se recordar, mas que precisam ser esquecidas, e jogadas em algum canto bem longe de tudo, e de todos, e que ninguém possa ser capaz de sentir o mesmo. Ou melhor, tão fraco à ponto de sentir a mesma coisa. E as vezes acho que você foi a melhor coisa que me aconteceu, e eu? Apenas mais uma outra coisa que lhe aconteceu.   

quarta-feira, 23 de março de 2011

Viva, apenas.





Não sou do tipo de pessoa que vai implorar pra você poder ser meu amigo, não mesmo. Que se foda. Não sou do tipo que vai ficar com aquela cara de dó só pra que todos sintam pena de mim. Não preciso disso. E não é outra decepção que vai fazer com que eu aprenda a dar valor as coisas que realmente importam. E sabe, pra mim pode não importa tanto, já pensou nisso? Chega de choros sem motivo aparente. Chega de pessoas e os sorrisos mais falsos. Chega de ironia. Não, tudo bem ,ironia até que rola. Mas, chega de sofrer por alguém que nem merece uma verdade tua. Beba mesmo, até cair de bêbado, pelo menos você está se divertindo. Faça loucuras, e grave, tire fotos. Sinta que é o dono do mundo. É, num tem nada melhor que isso. E faça as coisas como se fosse morrer amanhã, mas sem pensar muito nisso. Saia nas ruas sorrindo pra todo mundo, o que importa mesmo é você e quem está do seu lado na mesma mesa do bar, ou de qualquer outro lugar. Mesmo não estando tão bem, não fique demonstrando isso. Se refaz, e vai ser melhor assim. Tem vezes que devemos mentir pra nós mesmo, e acabar acreditando. Você não precisa de ninguém, isso é coisa que sempre colocam na sua cabeça quando está sozinho. Mas acredite, ninguém está realmente sozinho. Não existe isso. Você só ficará sozinho quando você quiser. A vida é passageira, aproveite tudo. Faça de tudo um pouco. Invente menos problemas e seja mais feliz, em qualquer lugar com qualquer pessoa. Não importa. E se você começar a se importa para o que dizem pra você, isso só vai te machucar. Nem todas as pessoas vão gostar de você como é, então não mude pra tentar fazer alguém te amar. Isso pode adiantar, mas você nunca mais vai ser quem era antes. Então sorria, seja você mesma, e isso é  tudo, você terá um dia bom. E não se preocupe, por mais que seu céu esteja coberto de nuvens, logo o sol irá sair. Ele sempre sai. 

Platônico.



É incrível o jeito que você me olha, abaixa a cabeça e sorri, e como eu gosto desse teu sorriso enorme. O jeito como é tímido e louco. Não preciso, e nem quero que me escolha quando precisar de um beijo, mas que a primeira pessoa que você pense quando precisar de um abraço, seja eu. Que não machuque quando estivermos magoados. E eu também não preciso que seja pra sempre, mas me sinto bem quando estou perto de você. As vezes só o que eu preciso é te ver, mesmo de longe sabe. É algo complicado de entender, mas é bom de sentir. 
E todas as vezes que você fala comigo é como se eu nem prestasse atenção. Difícil de concentrar. E o meu medo é a unica coisa que me impede de me aproximar mais de você, de falar coisa que você deveria saber. E eu sempre ensaio as vezes, é uma necessidade enorme de falar o que eu penso, o que eu sinto. Mas é esse medo bobo. E tem horas que me pergunto se você é capaz de perceber que todos os meus sorrisos pra você é um modo de dizer todos os versos que escrevi de rascunho no meu caderno que não tive coragem de te mostrar. Mas só pra amenizar o desespero de te dizer algumas coisas.

terça-feira, 22 de março de 2011

I love tatto 4

Coisas da vida.




E quem nunca olhou pra uma foto e se lembrou daquele primeiro beijo, da primeira festa, do primeiro amor, e daquele amigo louco... E parece tudo tão engraçado quando você se lembra de cada detalhe. Ri pro nada e fica pensando que poderia até ter feito diferente, ter feito melhor, mas se foi assim, deixa assim , não há tempo de mudar as coisas. Nunca dá, ou melhor, sempre dá errado. Então deixe que aconteça, não faça planos, e nem crie situações. Não invente. O melhor é a surpresa que a vida sempre nos dá. Essa é a graça da coisa. 
E quem nunca olhou pra trás e se lembrou do passado? Lembrou que um dia foi decepcionada mas nem por isso ficou chorando pelos cantos inventando qualquer desculpa pra tentar se aproximar. Eu teria dito algo, mas não disse. Teria feito alguma coisa, mas não fiz. E deixei... Foi melhor assim. Sempre é. A gente acaba esquecendo. E mesmo que as palavras não tenham tido efeito, eu superei. E as promessas que tinham sido esquecidas, e também as esqueci. Que promessas mesmos?
Tem horas que não dá pra esconder, deixa explícito qualquer sentimento. E as pessoas começam a perceber isso. As piores são aquelas que perguntam " Você está mesmo bem, por que cara, não parece" Não se contentam com um simples " Estou bem" E continuam perguntando, e quando vê você já esta debruçada no colo da sua amiga desabafando. Os conselhos são os piores, com certeza. " Vai fica tudo bem, você esquece, todo mundo esquece" Ai, que saco! Eu sei, vai passar, sempre passa. 
E quem nunca alugou um filme romântico só pra chorar aquilo tudo que não conseguiu na semana toda? Ficava travada e não conseguia colocar pra fora, esquecia que se deixar guardado no peito, machuca muito mais. E o filme foi uma bela desculpa para as pessoas te perguntarem o que estava havendo. Ou pelo menos, acho que é assim. Quem nunca sorrio pra vazio tentando aliviar a expressão de nervosismo estampado no rosto? Quem nunca sentiu um certo tremor nas pernas, e aquele frio que vem do nada na barriga vendo aquele garoto, é você sabe, aquele mesmo. 
E quem nunca, quem nunca ? Eu já.
Já senti que estava no inferno e precisava sair pra tentar concertar as coisas. Já falei o que não devia e pra quem não precisava ouvir. Já chorei escutando uma música, e também um filme de terror. É terror. Romances  já me fazem odiar a idéia que amor existe. Já entrei em situações e que até hoje não consigo sair. Já perdoei aqueles que me fizeram mal, mas eles não sabem disso. Já me desequilibrei e cai de cara no chão. Já precisei ouvir as batidas do seu coração, e era só pra saber se estava tudo bem. Já consegui façanhas. Mas eu também já levei vários tombos até aprender. Já senti dores, e acreditem, não foram daquelas que duram um ou dois dias, ou até uma semana. Já causei estragos na vida de algumas pessoas, e elas até hoje me odeiam, mas ainda se lembram de mim, não como uma coisa boa, mas ainda se lembram, disso tenho certeza. Mas muito pouco sabem elas do que já passei, do que já vivi, e do que já vi. Críticas costumavam me fazer sentir a pior pessoas do mundo. Hoje não consigo mais escutar esse tipo de coisa. E é melhor assim. 
E meu orgulho hoje só impede que eu sofra ainda mais.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Charlie, Paul e a história mal contada.



Havia uma certa pessoa na minha vida. Era o cara mais especial do mundo. Charlie. Nos divertíamos juntos, e ele era tão atencioso. Se preocupava sempre e me mandava cartas sabe, tipo, cartas românticas, dizendo que me amava, e que eu era a unica pessoa em que ele realmente se importava. Passamos muito tempo juntos, conhecemos pessoas, visitamos lugares lindos. E ele sempre foi muito especial, sempre, nunca deixou de ser. 
Passado alguns dias eu notei certa indiferença da parte dele em relação à mim. Tudo o que eu dizia, parecia não importar muito. Ele sempre percebia isso, e me escrevia cartas novamente pedindo as mais sinceras desculpas por estar tão distante de mim, mesmo tão perto. Eu o amava e acabava desculpando. Não havia tanta coisa errada assim. Ele se importava mesmo comigo, mas o seu trabalho e a sua paixão pelo que fazia o deixava longe de mim. Parecia que não havia espaço mais para mim. Era só o trabalho e a sua paixão. Não sei por que, mais me sentia uma desconhecida as vezes sabe, era horrível. Mas ainda o amava muito pra poder tomar qualquer iniciativa precipitada. Ele era um cavalheiro, lindo e dedicado. Mas o que sempre me deixava tão mal as vezes, era o seu jeito de pensar que tudo estava bem. Que tudo ia ficar bem, e que umas simples desculpas iriam adiantar e ninguém ali iria sofrer. Ele costumava achar tudo muito perfeito, tudo se encaixava para ele. Mas mesmo o amando eu ainda sentia que faltava alguma coisa. Sentia um vazio em mim, e chorava as vezes - Ele realmente nunca soube disso. Nunca vai saber. 
Foi numa dessas nossas viagens a trabalho dele, que eu conheci uma pessoa. Ele era totalmente o oposto de Charlie. Esse cara era um amigo dele. Paul. Eu não o conhecia e nunca tinha ouvido falar dele. Mas nos identificamos sabe. Ele tinha uma namorada também, o Paul, e era quase a mesma coisa. Enquanto Charlie estava numa palestra,  eu e Paul começamos a conversar do lado de fora. Ele era tão diferente de todos, tão diferente de Charlie, pelo menos aparentava. Me fazia rir, e parecia que nos conhecíamos a tanto tempo. Falamos tanto sobre infância, e tudo aquilo que eu costumava sentir quando achava que estava sozinha, quando achava que tudo não passava de um erro. Que Charlie não passava de um erro. Grande erro. 
Ele me contou sobre sua namorada, e seu relacionamento desastroso. Ele não suportava as brigas que sempre tinham, e estava cansado de sempre levar a culpa por tudo. Me falava que de alguma maneira ele também achava que era um erro, apesar de amá-la, ou pelo menos achar que a amava. Já havia um certo tempo que estavam juntos. Acostuma sabe. Difícil de se livrar de algo assim. Quando insistimos e acabamos tornando o erro maior ainda. E vai crescendo, crescendo , até uma hora em que você explode, e não suporta mais segurar tantas coisas que entalam na sua garganta. Paul sentia a mesma coisa, e já achava que era hora de falar tudo pra ela. Me senti bem , sei lá. Que maldade.
E ficamos ali por horas. Eu não sei, mas algo nele me chamava atenção. Éramos tão iguais no modo de pensar e ver as coisas. Sentíamos o mesmo em relação à quase tudo. E a noite passou. Não durou muito a minha ansiedade, logo de manhã fui procurá-lo no quarto onde estava. Charlie ainda dormia, então fui conversar com Paul. apesar de conversarmos tanto na noite anterior, havia certas coisas que ele não sabia ainda. Meu medo de estar enganada, a dor que eu sentia, o vazio dentro de mim, as coisas que não se encaixavam, nada, nada disso Paul sabia. E desabafei. Contei que não aguentava mais, e pedi mil desculpas, ele devia ter pensado " O que essa louca está fazendo aqui, essa hora da manhã?" Mas só devia, acho que não pensou. Ele realmente me escutou aquela manhã sabe. Foi lindo. Paul era o cara certo pra qualquer mulher. Ele parecia um Francês. Romântico, doce, e tão certo nas coisas que me falava. Parecia mesmo ler minha mente. E o que ele dizia, eu já estava pensando faz tempo. Era tão surreal. Mas era bom. Pude falar tudo o que estava entalado. E ele só me disse " Não é à mim que você deve dizer isso, você sabe à quem deve dizer" Eu estava em total descontrole. Não sabia o que fazer, e meu medo era fazer algo por impulso. E cometer outro erro. Mas estava cansada de sempre ser o segundo ou terceiro plano para Charlie. Cansada. Mal. Desolada. 
Naquele dia não fui falar com Charlie. Eu disse à Paul que deveríamos fugir. Ele deve ter pensado " Eu tenho namorada sua louca" E sabe o que ele fez? Paul era tão certo que me falava " Não, isso é errado, como o cara vai ficar? Não podemos fazer isso" e eu insistia " Podemos, eu quero, você quer" Eu nem sabia o que ele queria pra falar verdade. Paul naquela mesma hora, pegou sua mala, a chave do seu carro, e fugimos. É fugimos. Conseguir não sei como pegar minhas coisas, não havia tanta coisa assim. Era só vestidos, e tinha levado só alguns pares de sapato. Era o trabalho de Charlie, não uma viagem pra passeio. E fomos. 
Sabe, pra fala verdade , sumimos. Sumimos de tudo o que nos incomodava. Apesar de sermos tão loucos e nem nos conhecermos direito, conseguimos sair daquele lugar. Charlie até hoje pensa que eu estava drogada, e na hora não pensei muito no que fazer. Não fiquei surpresa mesmo sabe, tudo para ele estava bem de mais, perfeito de mais, pelo menos enquanto estava curtindo seu trabalho de merda. Nunca vi uma pessoa se importar tanto com o seu trabalho e deixar outra pessoa que sempre disse que amava e demonstrava se importar, assim de lado, segundo plano. "Depois falo com você". " Vai ficar tudo bem" . Não, não vai. Enquanto estive com Charlie no começo era tudo lindo de mais. Mas eu sempre esqueci de como tudo no começo parece ser realmente perfeito. 
E agora eu consigo enxerga que se existe alguém que pode te machucar mesmo não sabendo disso, existe com certeza uma pessoa que pode curar suas feridas.

O que é mais foda?


Você gostar de uma pessoa e ela não gostar de você ou você ter a oportunidade de ser feliz com outro cara, mais não ter vontade nenhuma por não sentir o mesmo por ele ? 


@giid




domingo, 20 de março de 2011

I love tatto 3


Há saída ?



Não sei o que é certo, e outrora sei exatamente o que devo fazer. O caos é preponderante, mas só quando a dor é maior do que outras tantas coisas. Mas daí enxerga o quanto errou e parece não fazer efeito quando toca no assunto. E quanto mais você fala, menos você costuma escutar. E segue o exemplo do que o outro pensa. Não tem sua própria opinião formada. E muda constantemente seu modo de avaliar as coisas, o jeito, e a percepção. E muda o caráter. Já não se tem tanta certeza de uma coisa e parece que o tal caos não tem fim. Tantas outras coisas pra se fazer. Tantas outras pessoas pra conhecer e você se interessa por futilidades. Foge das perguntas porque sabe que as respostas podem machucar. Foge das pessoas porque acham que elas vão te matar. De alguma forma, elas acabam te matando. Você fingi não morrer, mas está detonado por dentro. Fingi desinteressar do assunto que ficou pairado no ar, e se desliga das coisas mais importantes.
A televisão costuma ficar muda essas horas. As músicas geralmente são aquelas que dizem sobre o mundo e o que ele está se tornando. Mentira. São sobre amores e você se identifica, sempre se identifica. A cama já se torna o melhor lugar da casa, e o banheiro é o lugar onde se tem mais lágrimas secas espalhadas no chão. Esqueça. O banheiro não costuma estar tão molhado quanto o seu travesseiro. E você se pergunta: Por que? Fugindo outra vez da resposta, se cala e não tem mais nada pra dizer. E na verdade nem sabe os motivos pra tantos problemas. Problem detected. Mas não sabe o motivo real. 
As semanas parecem ser mais longas, mas é só idéia substancial. Tanto que é impossível isso. E costuma ser perturbador as coisas que se passam pela nossa cabeça. Idéias que não são colocadas em prática. E isso acaba sendo pior. Há algo? Faça. Não deixe que roubem suas idéias e as usam contra você. Isso hoje em dia, é tão normal quanto um relacionamento conturbado. Pensar que está tudo bem e nada vai te trazer mais problemas, é fugir da realidade. Tudo o que acontece não tem uma razão concreta, ou seja, você só está cansado e não tem coragem de falar. É cansaço, é estar cheio de alguma coisa. Quer mudar a rotina, e esquece de que ainda vai precisar morrer mil vezes até aprender o valor de cada coisa, de cada pessoa. E diante de tantos equívocos, o melhor à se fazer é se afastar, mas não de tudo, só daquilo que te prende, te faz mal.  

sexta-feira, 18 de março de 2011

E se talvez eu demonstrasse mais interesse, será que dessa vez você iria notar ?


quinta-feira, 17 de março de 2011

Espelhos poderiam falar.






Olá! 
À tempos que não nos falamos e resolvi te liga hoje. Sabe, tive vontade de te abraçar aquela vez, aquela última vez em que nos vimos, a última vez em que estivemos juntos. Mas só não fiz isso por que tive medo de você se esquivar, e se realmente fizesse isso eu iria desabar, com certeza. " Mas..." Não, me deixa eu falar por favor. É que já tem algum tempo que estou querendo te dizer isso. Mas como toda garota tímida e burra, eu nunca conseguir falar pra você. "O que você..." Por favor, deixa eu terminar. Não estou querendo te pressionar, ou muito menos fazer você gostar de mim de outra forma, mas muito, muito menos fazer com que você se sinta culpado por algo que eu vou dizer agora. São apenas lembranças de um tempo bom, e são segredos que eu estou cansada de guardar. Isso já está causando feridas. É preciso dizer. Ou agora, ou você nunca mais precisa me ver. 
Olha, se lembra de quando nos sentamos naquela escada, e você estava se sentindo mal? Você gostava de uma garota e ela com certeza não deu valor à isso. Consegue se lembrar? " Sim..." Já faz algum tempo, mas que bom que se lembra. Então, você deitou no meu colo e começou a falar sobre ela. Esse teu jeito de falar sobre seus amores, mexia muito comigo. Não sei por que, éramos apenas amigos. Pelo menos da sua parte. E você falou, falou e não parava de falar. E eu te dava conselhos do tipo " Você não merece isso, mas se gosta mesmo dela vai atrás..." E um vazio enorme sempre formava toda vez que dizia isso. Era como se tudo acabasse pra mim, como se o mundo inteiro estivesse nas minhas costas, e de alguma maneira eu sentia que ia te perder. Sempre sentia.
Se lembra daquela vez em que você me ligou de madrugada com saudade de ouvir minha voz? Era o que você sempre dizia : " Ei amiga, estou com saudade de você..." E era tão bom ouvir aquilo, meu coração disparava e minha barriga gelava na hora. E ficávamos horas e horas conversando de madrugada. Era tão bom aquilo, coisa que eu só sentia quando escutava sua voz, ou a batida da sua mão na porta da minha casa " toc toc toc toc...toc toc" haha! Era só você aparecer e eu já estava feliz, mas essa felicidade nem durava muito. E você já começava em falar sobre festas e o quanto era bom o que estava sentindo por um garota do colégio. Eu sorria e falava " Que legal! boa sorte com essa.(Mas que merda, eu quero que ela morra, que um meteoro atinja a cabeça daquela vaca maldita. E eu te amo)" " Que legal amigo, que legal".
Me lembro de uma vez em que você se machucou andando de bicicleta e tirou foto daquela coisa horrível e me mandou pelo celular. Coisa horrível, sangrava que era uma beleza. E a gente se divertia, você me fazia cócegas e eu odiava cócegas, mas com você, não sei por que era bom. E deitávamos na grama e você ficava falando muita merda, só me fazia rir. Você certamente era a unica pessoa que conseguia me fazer feliz de modo que eu não me cansasse daquilo tudo. E eu sempre olhava pra você com aquele pensamento idiota de te perder por uma outra garota. Você era meu melhor amigo, e se nunca ficássemos juntos um dia, eu poderia realmente tentar te esquecer. Por que vê-lo com outra iria me fazer um mal maior. 
Já são quase 2 da madrugada, e eu não consigo te ligar. Não consigo nem pegar o telefone, e esse espelho já está me enlouquecendo. E se talvez espelhos falassem, com certeza me diria: " Sua medrosa, diga que o ama, diga o que sente, e tirará esse tamanho peso de suas costas." 
Uma vez uma amiga me disse " Nunca desista dos seus sonhos." E sabe de outra coisa? Meu sonho é você.      

quarta-feira, 16 de março de 2011

É só questão de tempo.



Há todos os impedimentos possíveis de se imaginar. Não temos um tempo pra nós e acabamos que nos separando outra vez. Conversas por e-mail só são conseqüência do que restou de nós dois. Não conseguiríamos viver um longe do outro. E é a pior coisa ficar longe da pessoa que mais quer é estar junto. A pior das piores mesmo é tê-lo mas não poder ficar junto ainda que todos saibam. Sua família não nos aceita. A minha família acha comum. Ele é mais velho e seria um erro, talvez só para a lei, talvez só para a regra da sociedade. Maldita lei. Mas tanto faz, quem disse que ligo pra isso? Eu o amo e não há mais nada para desfazer isso. 
É como se eu estivesse na beira do abismo, e ele estaria lá em baixo. É como se tivesse uma ponte. De um lado ele, e do outro a minha vida. Ou seja, ele estaria dos dois lado, pois ele é minha vida agora. Não quero mais saber de regras da sociedade e nem de leis idiotas. Pra mim o que importa é estar ao lado dele. Pelo menos era o que eu queria 
E já faz meses que estou no mesmo lugar, convivendo com as mesmas pessoa, indo aos mesmos lugares sozinha e bebendo a porra da mesma bebida. Eu tento esquecer e ver o que é melhor pra mim. Mas o fato é que ele não sai mais da mente. E já parece que está conseguindo me esquecer também. E as vezes parece que nunca se lembrou de mim. O ruim de se apaixonar assim por caras mais velhos, é que você sempre sabe menos do que eles. Acaba de ferrando no final se não tiver sorte e a malícia de que tanto falam.  
Enfim, os e-mails não são mais como antes. Não há mais aquela coisa de "Minha linda" ou "Minha princesa" ou a pior de todas elas " Eu ainda vou me casar com você" ou "Quero só você" Ah! Na boa, que se dane! Cansei de ficar chorando pelos corredores do colégio e ter que ficar desabafando com as paredes. Não, não estou louca. Pelo menos não ao ponto de eu ir até você e te matar. Bom, ainda não. Estou naquela fase em que saio pra beber e me escondo das pessoas que me perguntam sobre você. Parece realmente que elas não entendem, ou pelo menos fazem isso pra me deixar pior ainda. 
Mas já não está dando pra aguentar essas suas desculpinhas de que está tudo muito confuso por aí, e que não há tempo para mim, não agora. Eu traduzo pra você: Pra mim acabou, só estou sem jeito de te falar. Poderia pelo menos ter a decência de falar isso, já que é mais velho e sabe de tanta coisa, não?. Não alimente ilusão. Isso machuca se por acaso não sabe.
Não respondo mais aos e-mails e isso está me fazendo muito bem. Procuro me preocupar mais comigo e com as pessoas que estão a favor da minha felicidade, ao contrário dele. E parece que as coisas andam mudando por aqui. O dia fico melhor de uma hora pra outra, o sol aparece toda manhã, e as nuvens mais escuras estão fora da minha visão. É o tempo outra vez mudando de acordo com o que estou sentindo.

Confesse

Você acabou se apaixonando pelos meus defeitos.



segunda-feira, 14 de março de 2011

Sagatiba e os amigos.



Até poderia te chamar pra sair, ou coisa assim. Mas é que meu orgulho é maior, e se não me liga, pouca as chances tem comigo, e se não tenho total atenção sua, me jogo pra frente e busco estar no seu "raio de olhar" como diz a minha amiga. Mais que raio de olhar era aquele? Tudo bem, eu até entendo que ele possa estar afim daquela vaca, mas eu não me conformo. Aí outra vez me jogo no seu raio de visão. E vem aquele " Amiga ele olho? Poxa, eu quase cair por cima dele, como ele não viu? Deve ter visto" Ah! Vida injusta. Que nada. Eu desisto fácil e foi assim. Naquele momento em que não conseguir chamar sua atenção, eu parei. Ah vá! Eu tenho espelho, e estes dias mesmo eu olhei para ele e vi a pessoa mais importante desse mundo. Não, não me chamem de convencida. Eu não sou. Poderia ser. Mas não, fico com preguiça. E torno a querer ficar no meu canto, sozinha e sem ninguém para eu me preocupar. " Você não dura muito tempo" quer apostar? Então por um tempo até consegui sabe. Normal querer se apaixonar, mas comigo é diferente. Parece que depois de ter sofrido e xingado tanta gente, ah sei lá , bate aquela vontade de querer ficar com os amigos, e zoar até perder o controle da situação. E perdi. Não perdi sozinha. Perdemos todos juntos. Não, não foi ruim. Foi até bom, e sabe, as vezes a gente deve fazer essas coisas. A vida num é só querer ficar estudando, e se matando por aí pra conseguir uma pessoa a quem compartilha presentes nos dias dos namorados, se parar pra pensar, sai até mais caro. Siga meu exemplo, amor próprio, é descobri isso e nem faz tanto tempo. E dizer pra todos que quer ficar um bom tempo sozinha, já é um belo motivo pra você sair por aí com seus amigos tomando uma Sagatiba escutando H.I.M. Ah, fala sério, tem noite melhor?
 

No sofá lendo um livro.



Com certeza ele não sabe pelo que passei. É como se não houvesse com quem eu desabafar e contas as coisas que tenho guardado à muito tempo. Mas parece que ninguém é suficientemente capaz de guardas meus segredos e meus medos. As vezes parece que todos estão a favor de mim, e logo depois percebo que é tudo uma grande farsa, e na verdade sempre estiveram contra mim. É como o vento chato que sempre está me atrapalhando, fazendo minha folhas voarem pelo sala toda. Vento chato, sempre está contra mim! As mentiras vão se estendendo, e as pessoas não percebem como machuca. Mas isso nem interessa mais. Não acredito mais no amor verdadeiro e sinto falta de um abraço confiável. Mas apesar de tudo me sinto bem, mesmo tendo que conviver com sorrisos irônicos e pessoas que falam de mais e nunca conseguem me escutar, nem ao mesmo me entendem. Me sinto bem, mesmo com aquelas pessoas me odiando e eu ainda não sabendo o verdadeiro motivo. Me sinto bem, mesmo estando tão longe, muito longe, e é quase impossível uma pequena comunicação. Vão entender, talvez um dia. Mas na verdade nem quero que entendam. E que fique nas entrelinhas de algum livro, contando alguma história, e que seja a minha. E até parece que passei por grandes coisas assim. E na verdade não foi. Mas uma noite, um dia, uma semana, ou sei lá quanto pouco tempo tenha sido, pra mim foi importante, pra mim foi uma pequena história. E quer saber? aprendi e soube lidar. Ou sei lá, as vezes é só por que eu quero saber lidar com isso, e falo sempre tentando colocar isso na minha cabeça, talvez eu não saiba mesmo lidar com essas pessoas confusas. E acho que já basta eu pra ser tão complicada, não vou suportar outra pessoa igual a mim, mas talvez seja bom, ou sei lá. É só sentindo e convivendo pra saber se realmente irá de alguma maneira dar certo. Talvez não dê, e é só outro caso. O amor vem é vai. É normal, temos que saber que vai ser sempre assim. Exceto pessoas como meus pais. Eles souberam lidar com o amor e estão até hoje juntos. Talvez seja o destino. E lá vai eu falar de destino. Ok, isso é detalhe. Um detalhe bom, mas só pra consta. Parei. E parei. Chega. O tempo está ruim, sabe, com cara de frio, mas calor pra porra. E que porra. Chega. Parei. Tudo o que quero é me sentar no sofá agora, e terminar de ler me livro. Parece que nunca acaba, mas já estou no final. Beijos, vou indo.  

domingo, 13 de março de 2011

Tati Bernardi -



A casa de todas as casas

Domingo besta e minha amiga me liga. Se eu quero ir ao Love Story (Rua Araújo, 232, tel 3231-3101, Centro, mulher sozinha não paga) fazer ponta de figurante no filme da Bruna Surfistinha. Como assim? Tá louca? É puta de luxo, amiga. A princípio ninguém topou mas agora a mulherada tá toda aqui no banheiro de casa, se produzindo há horas. Tamo morrendo de rir. É puta de luxo! Vem pra cá. Ok. Vou pra rir da cara de vocês. Vou de calça jeans, camiseta gola alta e tênis. Assisto as gravações, me divirto horrores rindo da cara de vocês, janto de graça, conheço a Débora Secco que acho a maior gata, paquero um daqueles garotinhos assistentes cheios de sonhos e pôsteres do Truffaut e tudo isso é infinitamente mais divertido do que ver Manhattan Connection. Saio do banho e coloco um Prince no último volume. Pra que tanto ânimo se vou botar calça jeans, camiseta e tênis? Ah, não custa nada botar um vestidinho decotado e um salto alto. Só pra ser parceira. Vão estar todas de puta de luxo e eu não posso ser tão egoísta. Aliás, puta de luxo, só percebo agora, tem um efeito halls na minha cabeça. Pu-ta-de-lu-xo. É tipo o quê? Vou estar em catálogo pra minerador? Vou receber convite pra jantar com playboy produtor de teatro naqueles bares neon "wanna be miami" do Itaim? Não, esse tem o decote muito discreto. Vão preferir minhas amigas e eu não posso perder pra elas. E esse salto tem bico redondo. Eu não sou bonequinha sexy. Eu sou uma puta de luxo. Então, bico fino, salto agulha, pulseirinha no calcanhar, vestido curtérrimo com decote até o umbigo, meia fina. Esse tipo de coisa que mulher aponta achando a coitada uma suburbana fogosa e o cara aponta achando que é a mãe de seus filhos. Coloco meu sutiã que enche mais o peito do que levar cantada do Thiago Lacerda (eu juro que já levei, mas eu tava no escuro). Realizo então meu sonho de uma vida inteira: ultrapassar 70% os limites da maquiagem permitida pra trafegar tranquilamente pelas ruas sem me confundirem com a Bozolina versão piranha. Capricho na sobrancelha preta, no batom vermelho, na sombra dourada. Me faço uma pinta no canto da boca ou não? Não. Por enquanto ainda devo estar valendo um cinquentinha. Talvez oitenta, considerando que tá tudo depilado, cheiroso e semestralmente aprovado por exames de sangue. Eu tenho toc com a minha saúde sexual. Coloco um colar de pérolas que comprei em Paris e subo pra uns cento e trinta mais o táxi. Uma florzinha no cabelo e já tô quase eu mesma pagando por uma noite comigo. Aliás, não seria nada mal arrancar toda essa roupa, botar meu pijama listrado e assistir o Manhattan Connection tomando a sopa que mamy fez. Será que vou pagar esse mico ou fico aqui? Prince diz que sim. Eu vou. Agora é torcer pra ninguém cruzar comigo no elevador. Mas se cruzarem, digo que é festa a fantasia. Para o porteiro eu digo…ah, não digo nada porque tô com o gloss que incha a boca e pinica, não dá pra falar. Taxista querido, por favor, eu sou uma fêmea vestida desse jeito indo para um puteiro do centro mas é tudo pelo amor ao cinema. Ou pelo ódio ao tédio. Sei lá. Ele nem responde. Melhor assim. Daí minha amiga me liga e diz o que jamais deveria ter dito em vida: "o diretor mandou você ir entrando no personagem". Oi? É. Tá. Reparo nos carrões que passam por mim. Ajeito o bojo fazendo conta. Quanto será que ganha uma puta de luxo? Viaja o mundo? Ganha jóias? Passa a tarde na drenagem? Tem sempre o celular tocando e nunca, jamais, divide conta com jornalista que fez sociais e ainda achou um absurdo o valor do manobrista e se recusou a pagar pela segurança do carro que confortavelmente o buscou em casa? Chega, essa vida acabou. Agora, assim como aprendi a fazer com o que escrevo, eu ia valorizar mais o que de melhor tenho a oferecer para o mundo. Na porta do Love Story, a casa de todas as casas, senti que algo de estranho acontecia dentro de mim. No caminhar duro mas requebrado, no jeito de aliviar o calor da nunca, nos olhos que sorriam lateralmente ainda que a boca e o nariz permanecessem sérios demais, prontos a farejar e abocanhar. Eu era uma puta experiente e de luxo. Uma puta que sabe o que fazer, mas não faz pra qualquer um. É isso o que eu era. E eu odiava as minhas amigas, aquelas vadias, porque estávamos lá pra competir pelo melhor partido. E nada disso me parecia novo. Eu definitivamente estava no personagem. Tive certeza disso quando retoquei o batom bem vermelho pela enésima vez e resolvi que quatorze ao invés de dois botões abertos era um número mais cabalístico. Nos intervalos das filmagens minhas amigas contavam causos do escritório, contavam dos sobrinhos fofos que tinham visitado no último domingo, contavam dos maridos e namorados que tinham aproveitado a noite livre pra tomar cerveja com alguns amigos. E eu pensava. Bela merda. Essa vidinha lá fora. Bela bosta. Quanto é que vamos faturar aqui e agora. Hein? Aquele figurante ali, de gravata, é rico mesmo? E aquele outro na mesa, de camisa aberta com correntes, paga quanto? Tati, tá tudo bem? Quem é Tati? Meu nome é Jéssica com K. E eu quero dar loucamente. Eu quero dançar ali em cima. Desce daí, Tati. Quero rebolar, quero que esfreguem dinheiro em mim, quero lamber o poste, quero suar purpurina, quero que rasguem essa minha roupa, quero esfregar meus peitos na sua cara, chacoalhar meu cabelo molhado até cair de quatro. Foi quando o diretor parou a filmagem, num alto-falante: -Tati, desce! -Rebolando até o chão? -Não, desce de cima do queijo! Desculpa querida, mas a última coisa que você tem é cara de puta. 
E esse foi o pior momento da minha vida.

Aquele do cabelo cacheado.





Então, é uma dessas festas em que você vai só por que aquela pessoa também vai , e é um saco. Estava cheia, lotada, suor, que nojo, mas eu fui. Confesso que te procurei, mas eu estava com uma pessoa do meu lado, e era outro saco. Era mais fácil te procurar se estivesse sozinha, mas não. Mesmo assim as vezes disfarçava e falava que iria pegar uma bebida " Não quer que eu pegue pra você ?" Ah! não obrigada. Eu queria ir mesmo sozinha, me livrar e dar o tal perdido naquele mala. Te procurar, procurar, e a gente acaba vendo coisas tão normais, como você beijando outra. E seu cabelo todo cacheado, mal dava pra ver a menina. Mas eu gostava daquele cabelo sabe, era um tipo de " ah! meu leãozinho, eu te amo" e blá blá blá. Terceiro saco. Saco! Você não estava nem aí, parecia estar bêbado, mas estava feliz. Pouco me importa agora. Estou mentindo outra vez. Vou acabar acreditando nas minhas próprias mentiras. Mas enfim. A festa toda para parar ver você. Todo bonito com aquele sorriso enorme, aquele cabelo super cheio, e a voz grossa. E os seus olhos? O que aconteceu com eles? Costumavam ser verdes, mas agora estão vermelhos, suas bochechas também. Mas isso é normal. Mas seus olhos ainda estão vermelhos. Há algo errado. Mas eu não me importei outra vez. Mentira, outra mentira. Me afogando em minha mentiras. Tem como ser menos perfeito e parar de falar tantas coisas inteligentes? Ai eu parei e ele começou a falar sobre a vida. " É a vida é mesmo assim, as coisas vão acontecendo e você não consegue controlar, é o destino e isso menos importa e blá blá blá ..." Garoto estupidamente lindo. Aí depois que tudo acaba você ainda tem histórias pra contar. Fora as coisas que guardei de você. E ainda consegue tirar verdadeiras gargalhadas falsas querendo te impressionar de alguma forma, algum jeito, sabe como é né. As coisas vão acontecendo e você não consegue controlar. Opa, espera um minuto. Eu dizia sempre a mesma coisa pra ele. Mas o fim já era esperado de ambas partes. Éramos tão diferentes, e continuo achando que aquela loira faz mais o tipo dele sabe, mesmo ele falando as vezes que é só um rolo, nunca vai passar disso. Ai, tudo bem , tanto faz, não ligo, estou em outra, ou melhor em outro. Mentira. E a unica verdade disso tudo leãozinho dos olhos vermelhos, é que eu precisava ir até você e te dar uns pega. Mentira, num é pra tanto.




Ela pega e me pisca, belisca, petisca, me arrisca e me enrosca.  





Cisne Negro (Black Swan)

Nina é a bailarina principal do New York City Ballet e vê-se enredada numa teia de intriga competitiva com uma bailarina acabada de chegar à Companhia. Uma viagem excitante e por vezes aterradora através da psique de uma jovem bailarina cujo papel de Rainha dos Cisnes resulta num desempenho para o qual ela se torna assustadoramente perfeita.















sexta-feira, 11 de março de 2011

Destino incerto.



E se fosse realmente tudo uma grande mentira. E se você gostasse mesmo de mim, e se fosse verdade tudo o que me disse? Estaríamos juntos agora? Talvez estaríamos sim. E se dependesse só de mim, estaríamos bem. Mas tudo que é bom de mais acaba não dando tão certo. E no nosso caso, não deu nada certo. O que eu quis dizer com o tal destino aquela vez, foi pura ilusão, e parece que as pessoas são tão, mas tão fortes que são capazes de acabar com trajeto de qualquer destino. E foi assim. Parece que não nos querem ver juntos de novo. Apesar que nunca fomos um do outro. 
Poderíamos recomeçar, mas magoaríamos algumas pessoas. Poderíamos trazer tudo o que foi bom no passado de volta. Mas talvez não daria certo. Enfim, trazer o que foi bom de volta, falar toda a verdade, descobrir alguns segredos, falar o sente, e dizer o que quer traria mais algumas decepções. O difícil é não poder falar com você toda vez que te vejo. Mas fácil é sorrir e dizer que está tudo bem. Fácil de mais pra uma pessoa que quer mesmo que esteja tudo bem. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

I love tatto 2


Pode acreditar.



Eu sei exatamente como é não querer chorar na frente das pessoas e só esperar para quando estiver em baixo do chuveiro. Sei como é lá fora, e sei o teu medo de confiar nas pessoas. Sei como é dormir, mas antes ficar pensando sobre tudo o que aconteceu no seu dia, sei como é se arrepender pelo que fez, ou pelo que disse, e pelo que ainda não fez. Eu sei como é ter tanta coisa pra falar, mas não conseguir e pensar que vai ficar com aquele nó intenso na sua garganta, e é como se você não existisse. Você é o que come? Eu sou o que sinto, o que penso, o que faço. Mas sei como é querer gritar, querer explodir, quando já não se tem mais saída. Mas daí percebe que sempre há uma saída. É que você nunca procura, você desiste. Esse é teu mal. Mas sei exatamente como é difícil abrir um sorriso e mostrar que está tudo bem com você, quando na verdade você passa por maus momentos. Sei como é querer estar feliz, mas não conseguir por incapacidade de atenção dos outros à você. Sei como é olhar para todos os lados procurando estar sozinho para poder desabafar chorando, mas que ninguém perceba que os seus olhos estão tão vermelhos e inchados depois. E você diz que foi um pequeno cisco que havia caído. E naquela hora querendo dizer toda verdade. Eu sei como é. Sei como é ser forte e conseguir segurar suas lágrimas em público. Eu sei como é enganar com um sorriso falso. Sei como é abraçar tendo que se esforçar para não dizer eu te amo. Sei como é estar só mesmo junto das pessoas. É eu sei de tudo isso.

terça-feira, 8 de março de 2011

I love tatto

Odeio.





Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo "concordo com o mundo que ela é muito gostosa". E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo "ui delícia" já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio. Eu odeio submissão e mais do que tudo pessoas que tentam ser forte o tempo todo quando o que mais querem é chorar até a última gota desamparada. Odeio pessoas muito oleosas, muito peludas e meninas que gostam de adesivos de florzinha. Odeio mulher que sai dando pra meio mundo e perde o mistério. A propósito odeio a expressão dar. Odeio meninas caçadoras de homens ricos. Odeio dividir banheiro, pêlo em sabonete, acordar cedo e adolescentes peruas com voz de pato.








despises.

domingo, 6 de março de 2011

Eu.



Eu tinha me encontrado em plena felicidade momentânea. Revestida em um sentimento inimaginável. Concentrada na atenção das pessoas ao meu redor. E eu estava feliz. Como todos os dias que passei pensando em como seria. E foi melhor. O pensamento mais mutável do ser humano é a idéia de que tudo não pode ficar melhor. Decepciona, ou não, mas acaba se surpreendendo. As coisa não são como desejamos. Mas a unica certeza dessa grande loucura é que todas as pessoas que você conhece e todos os lugares por onde passa, mesmo estando tão bêbado de tanta tequila que acabou tomando no caminho, mesmo assim, você nunca esquece por que vai ficar na mente. E as lembranças são melhores quando você faz coisas sem pensar, faz loucuras, e não está nem aí para as pessoas e o que elas vão achar. E você pensa que a cada dia tua vida vai mudar. E acha que aprendeu muita coisa, e na verdade aprendeu. Não existe coisa melhor do que fazer as coisas que você quer e não pensar que vai acabar em merda. E se acabar que se dane. Você se divertiu pra burro e não quer que isso acabe. E nunca vai acabar. E não quero que acabe. Vai ser melhor a cada viagem. A loucura vai se tornar maior a cada passagem da minha vida. 
As pessoas andam me julgando, andam falando de mais em mim. E sabe o que eu acho, ou melhor sabe o que eu quero? Que se fodam. Estou melhor do que antes, e nenhum pensamento insano e idiota vão me fazer pensar que sou inferior ou a pior pessoa do mundo, afinal, elas não sabem o que eu passei, e quais são meus melhores e maiores planos diabólicos para o mundo no futuro.