Páginas

quinta-feira, 10 de março de 2011

Pode acreditar.



Eu sei exatamente como é não querer chorar na frente das pessoas e só esperar para quando estiver em baixo do chuveiro. Sei como é lá fora, e sei o teu medo de confiar nas pessoas. Sei como é dormir, mas antes ficar pensando sobre tudo o que aconteceu no seu dia, sei como é se arrepender pelo que fez, ou pelo que disse, e pelo que ainda não fez. Eu sei como é ter tanta coisa pra falar, mas não conseguir e pensar que vai ficar com aquele nó intenso na sua garganta, e é como se você não existisse. Você é o que come? Eu sou o que sinto, o que penso, o que faço. Mas sei como é querer gritar, querer explodir, quando já não se tem mais saída. Mas daí percebe que sempre há uma saída. É que você nunca procura, você desiste. Esse é teu mal. Mas sei exatamente como é difícil abrir um sorriso e mostrar que está tudo bem com você, quando na verdade você passa por maus momentos. Sei como é querer estar feliz, mas não conseguir por incapacidade de atenção dos outros à você. Sei como é olhar para todos os lados procurando estar sozinho para poder desabafar chorando, mas que ninguém perceba que os seus olhos estão tão vermelhos e inchados depois. E você diz que foi um pequeno cisco que havia caído. E naquela hora querendo dizer toda verdade. Eu sei como é. Sei como é ser forte e conseguir segurar suas lágrimas em público. Eu sei como é enganar com um sorriso falso. Sei como é abraçar tendo que se esforçar para não dizer eu te amo. Sei como é estar só mesmo junto das pessoas. É eu sei de tudo isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário