Eu prefiro
escrever ás vezes ao invés de falar e acabar não adiantando em nada. Escrever
um texto contando sobre coisas que fiz,
que passei, que sofri, na maioria das vezes me distrai, me tira à concentração
de coisas ruins. E há pessoas que falam que se escrever o que você passou não é
bom, mas pra mim ao contrário disso, me sinto aliviada de estar expondo toda
essa angústia e ansiedade e dúvidas que passam na minha cabeça. Coisas que
realmente não quero citar e acabo citando, perguntando... E sabe isso pra mim é
dolorido de mais, mas me faz ver as coisas como são e não como invento. Acreditar
no que é certo sempre é difícil, é mais fácil acreditar no que não é certo, mas
a gente faz isso muito errado o tempo todo, muito não pensado. Parar e perceber
que você está sendo hipnotizada por uma coisa que não faz tanto sentido para as
pessoas que não tem coração (no modo de dizer que não conseguem amar), é
conseguir ver que é um absurdo o que sente, é mais forte que você e te destrói
por inteira. Não que eu não queira, não que eu desista fácil assim, até por que
não conseguiria, mas é pensar em si mesmo e o que está te machucando. Qual é o
problema? O que se passa... São vidas acrescentadas ao um imenso sentimento
incontrolável e covarde.
Sobreviver ao
impossível de passar anos sem vê-lo, sem tocá-lo e não saber como está. Se está
bem, se está com outra, se pensa em mim, se senti meu cheiro nos cantos da
casa. Se dorme e ainda sonha comigo, se tem ao menos pesadelos, histórias para
contar sobre nós. Cultivar o amor, a
amizade, o respeito um pelo outro e continuar juntos é coisa que realmente é
rara de acontecer. Saber ser forte e suportar os dias em que nada parece dar
certo, são para pessoas resistentes em todos os aspectos. Conseguir fazer que o
mundo gire a favor, ao seu favor aliás, é coisa que nunca vai acontecer, o
destino muitas vezes interfere perante à isso. Fazer que o passado não acabe com
nossos planos, sonhos e outras coisas a mais, é tentar não se matar. Mas com o
tempo passa, passa sim. A vontade que tudo termine bem, que tudo (ou seja, você,
eu, você aí também) volte a ser como antes é maior que todas as 7 maravilhas do
mundo,é gigante, enorme. E enfim, não
quero morrer por dentro, não quero andar por aí, encontrar as pessoa e sorrir
como se tudo estivesse bem, não quero acabar como uma idiota que sempre foi a
culpada inocentada por si própria, burra e ingênua. Sou incapaz de perceber
coisas obvias de mais, sou incapaz de amar e conseguir lidar com isso. Mas com
o tempo... isso passa, eu sei.
Sem ter mais o
que falar, sem ter como agir, eu me proponho a aceitar a te amar de um jeito
mais intenso e sadio. Pensarei de forma plenamente correta e aceitável. Não sei
como, não sei agora. Mas olhe para dentro de mim, olha como estou agora e tenta
me aceitar e me entender, tente ao menos ver a garota por quem se apaixonou e
olha agora como ela mudou. Mudou não? As coisas geralmente mudam mesmo, é a
coisa mais normal que pode acontecer com alguém, qualquer um. Mudar pra melhor,
mudar pra pior, e realmente não sei como mudei, só sei que aconteceu, e hoje
estou assim. Mais compreensível em certos momentos e insuportável em outros.
Mais insuportável na maioria das vezes. Não é só as pessoas que mudam, as
coisas também mudam, elas completamente saem fora do lugar. Sei lá. Acostumar
com coisas que mudam, sentimentos que variam com o dia, hora, lugar, pessoas...
Não dá muito pra controlar mesmo. Se sentir vazia e vulnerável a ponto de pular
de um precipício ou qualquer coisa do tipo é completamente perceptível e claro
de se entender. Só não vá querer que alguém te empurre. Se você cair que caia
por que queria isso e não por que alguém te empurrou.
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