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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Só você mesmo. capítulo 6, Não me deixe.



(...) Quando amamos intensamente alguém, sempre tentamos cuidar, não deixar que brigas e ciúmes se intrometam façam que o relacionamente se abale.
Eu só queria saber o motivo, a razão, e saber porque tudo se acabou assim. Será mesmo que tudo foi em vão ? Será mesmo que ele não me amava mais ?
Eu o amava ainda, se passaram tantos dias, mas eu não conseguia me esquecer dele. Era impossível e incontrolável a vontade de estar com ele. Era minha vida, meu tudo. Era minha estrutura, meu chão. Exagero talvez, mas não pra alguém que ama demais. 
E ele não falava mais comigo. No colégio preferia ficar sozinho, eu tentava me aproximar mas nunca conseguia, tentava ligar ,mas não sabia o que dizer. Ele estava completamente diferente, as vezes não comparecia as aulas, e eu já estava ficando preocupada. Não sei o que tinha, se estava doente, ou talvez só um pouco triste.
Até que se passaram uma semana, e eu não o tinha visto, nem em sua casa, nem ao colégio, ninguém sabia ao certo o paradeiro dele. Eu me desesperei, porque até o amigos dele iam em sua casa mas ninguém os atendia, eles ligavam mas não havia ninguém no outro lado.
Mas eu não consegui, eu tinha que ver ele, tinha que saber o que tinha acontecido, eu já estava ficando louca, já não prestava mais atenção nas aulas de tanta preocupação, afinal, havia uma semana em que eu não via o cara de quem eu mais gostava, o cara que me ensinou o que realmente era o amor. 
E fui até sua casa, gritei, chamei pelo seu nome, fiz de tudo, até que sua mãe apareceu na porta. Ela parecia triste, e chorava, chorava muito. 
Até que me mandou entrar, eu fui correndo pelas escadas até o quarto dele. 
E meus olhos não podiam acreditar no que estavam vendo, o meu amor estava deitado, parecia muito, muito doente. Eu não aguentei ver ele daquele jeito, era tão novo, tão lindo, tinha uma vida inteira pela frente e tanta coisa pra se fazer, não pude acreditar, ele parecia muito mal. Não sei explicar, mas a minha dor foi tanta quando escutei sua mãe falar que sua doença era crônica, ou seja, ele estava realmente mal. A beira da morte. Não pude me conter, minhas lágrimas caiam e não paravam, e quando ele me olhava a minha dor aumentava, era intensa demais, e sua mãe completava me dizendo que essa doença já estava nele à algum tempo, mas ele nunca quis me contar porque me amava demais e saberia que uma hora iria chegar e ele talvez morreria, mas não queria me ver sofrer, prefiriu esconder e passar seus últimos momentos de vida comigo, era o que ele achava que iria acontecer. Mas eu não queria acreditar que ele iria morrer, e perguntei se realmente eles estavam certos disso, se realmente ele iria morrer. Sua mãe não soube explicar ao certo, mas eram poucas as chances de sobreviver. Era tudo o que ela sabia. 
E eu fiquei ali, perto dele, enquanto sua mãe arrumava as coisas parar irem ao hospital, ele iria talvez ficar internado por algum tempo, iriam tentar cura-lo, mas era realmente dificil, e era tudo o que eu mais queria. 
Até que sua mãe e seu pai o levaram até o carro, ele não conseguia andar direito e mal falava o que queria.
E quando fui bater a porta, ele abriu a janela e apenas me disse ' Não me deixe, eu te amo ...' 

(...) continua.
        

 

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