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sábado, 6 de novembro de 2010

Enche o copo.


Num bar de esquina  eu entrei. Estava vazio assim exatamente como eu.
Mas aqui estou eu denovo pensando em formas dele acreditar, fazendo coisas que eu disse que não faria, bebendo outra vez pra esquece-lo. O cara gente fina do balcão diz que é errado. E eu jogo o copo, tentando mostrar que sou mais forte do que ele pensa. Na verdade estou fraca e sem rumo, não sei mais pra onde correr, não sei mais pra onde esconder. Minhas brigas se tornam abrigos e eu tento me recompor.
E só me quer quando está solitário, e se eu disser que vou embora, ele pede pra eu ficar. Já não posso mais com isso.
E só pensa em si mesmo, nunca pensa em mim.
Pode saber que quando precisar de mim , eu não vou estar lá pra ficar perto dele.
Mas depois de tudo o que ja me fez, talvez eu volte pra ficar com ele.
Não posso negar que conseguiu o que queria, se o que queria era me ver assim, mal e o querendo toda hora, tentando esquecer e a cada minuto querendo mais.
Só me quer quando está carente, sem ninguém, é o único momento em que pensa em mim. Isso piora as coisas. E quando está com seus amigos, me deixa sozinha.
Então garçon enche o copo aê e não discute comigo, esse idiota não merece uma lágrima minha. 
 




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